Germania – (A “Terra Mater Nerthus”)

" Ela não é honrada entre todos os alemães, mas apenas entre uma comunidade de tribos Suábias, que acreditam que ela considera as coisas humanas, e que viajou para estar entre os povos. Numa ilha do Oceanus, há um bosque sagrado com uma oferenda sacrificial providenciada, uma carruagem adornada com um tecido. Somente ao sacerdote é permitido tocá-la. Ele reconhece a presença da Deusa na região sagrada e, arreiando o gado, ele acompanha a Deusa em suprema reverência. Feliz então são os dias, e festivos são os locais que a Deusa em toda parte honra por sua vinda e por ser uma hóspede. Nenhuma guerra é então conduzida. Não há armas apreendidas. O ferro também é afastado; a paz e a quietude agora precalecem, agora só encontra-se o amor – até que o mesmo sacerdote, quando a Deusa ficou já bastante junto aos mortais, retorna-a para o seu reino sagrado. A carruagem e os adornos e, se você acreditar nisso [si credere velis], a presença da Deusa ela mesma são imediatamente lavados em um lago oculto. Este serviço é realizado por escravos, os quais são engolidos por este mesmo lago. Disso deriva o terror oculto e a ignorância sagrada concernentes àquilo que é visto apenas por aqueles que são destinados à morte."


 Tacitus, historiador romano, capt. 40 de seu Germania – (A “Terra Mater Nerthus”)